Lendo o livro “Acabe com a obesidade”,
de Cristina Cairo, já no primeiro capítulo tem algo muito interessante que me
chamou a atenção. A autora tenta explicar que tem pensamentos de gordo e de
magro. O gordo geralmente carrega todos os problemas do mundo nas suas costas,
não sabe dizer “não”, engoles “sapos”, fica magoado com mais facilidade, joga a
culpa nos outros e é extremamente carente. Já o magro delega responsabilidades,
diz “não”, decide não se magoar e não leva tudo para o lado pessoal.
Vou
colocar um trecho do livro que complementa essa questão: “Será que você gostaria de ser magro e ter que andar com as próprias
pernas, sem depender emocionalmente de ninguém, não esperar nada de ninguém,
não desabafar ou ouvir desabafos com tanta frequência? E ainda, ignorar
completamente chantagens emocionais dos outros sobre você, tocar sua vida
sozinho, alegre, dinâmico, não se ver mais como vítima de situações e de
pessoas e tomar decisões rápidas, quando se trata de uma separação, mudança de
residência, de trabalho, ou quando se trata de se desapegar de certas pessoas
que, só de pensar em sua partida, já lhe causa sofrimento?”.
Ou seja, não é fácil ser magro... é
preciso uma certa independência emocional que talvez seja o passo mais difícil
para a maioria das pessoas. Não é fácil dizer “não” e seguir o nosso coração.
Não é fácil vomitar alguns sapos, quando na verdade a gente não queria nem ter
engolido! Não é fácil contar só com a gente mesmo na maior parte das vezes... E
não adianta fazer de conta que somos assim, pois se a nossa atitude não é
sincera, mais cedo ou mais tarde o corpo grita e joga para o mundo essa
incoerência.
Cristina Cairo dá vários exemplos de
pensamentos de magro e um deles é esse: “Não caio em chantagem emocional, pois
faço o que quero e ameaças não me metem medo”. Quantos de nós temos essa
segurança em sermos assim? Poucos, não é mesmo?
Ela explica mais profundamente
o mecanismo de uma pessoa obesa: “O que
quero dizer é que, enquanto você olhar para a vida e a família com os medos e
as inseguranças de sua criança interior, estará sempre vulnerável a pessoas,
paixões, perdas, dependências e obviamente magoado consigo mesmo, por negar
frequentemente a si mesmo em prol de alguém. Ajudar as pessoas também
significa soltá-las para deixá-las viver suas próprias lições, portanto, se
você arruma todo o tipo de desculpas para não soltar aquela pessoa, lembre-se
que você é o carente da história e seus medos o fazem segurar problemas que
poderiam estar sendo resolvidos, se você se sentisse mais protegido e seguro,
dentro de seu próprio coração. Se você fosse magro, entenderia, com alegria,
que desapegar-se é bom e que estar só não significa solidão”.
Liberte-se dos apegos, dos excessos,
dos problemas dos outros, dos sapos entalados, das mágoas, dos ressentimentos,
da dependência e da carência. Ame-se em primeiro lugar e dê lugar na sua vida
somente a coisas boas e positivas! Se dê a chance de ser feliz e seguir o seu
próprio coração.
Daniela Binato
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